É incumbência dos pastores preservar a verdade ou doutrina do Evangelho recebida e professada na igreja, e defendê-la contra toda oposição. Este é um dos principais fins do ministério, um meio principal da preservação da fé uma vez entregue aos santos. É confiado de uma forma especial aos pastores das igrejas, como o Apóstolo frequente e enfaticamente repete tal encargo à Timóteo, e nele a todos a quem a dispensação da palavra é confiada [1 Timóteo 1:3-4; 4:6-7,16; 6:20; 2 Timóteo 1:14; 2:25, 3:14-17]. O mesmo ele deu como encargo aos presbíteros da igreja de Éfeso [Atos 20:28-31]. O que ele diz de si mesmo, que o "o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado" [1 Timóteo 1:11], é verdade quanto a todos os pastores das igrejas, de acordo com sua estatura e chamado; e todos deveriam ter em vista o relato que ele dá de seu ministério aqui: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." [2 Timóteo 4:7]. A igreja é a "coluna e baluarte da verdade" e é tal principalmente em seu ministério. E a negligência pecaminosa desse dever é que tem sido a causa da maioria das heresias e erros perniciosos que tem infestado e arruinado a igreja. Aqueles cujo dever era preservar a doutrina do Evangelho íntegra na profissão pública, têm, muitos deles, "falado coisas pervertidas, para arrastar os discípulos atrás de si". Bispos, presbíteros e mestres públicos, tem sido os líderes nas heresias. Portanto, esse dever, especialmente em nossa época, quando as verdades fundamentais do Evangelho estão sendo impugnadas de todos os lados e por todo tipo de adversários, tem de ser, de forma especial, observado.