1899 - 1981 |
"...O que exatamente, pois, Lutero percebeu? Percebeu que a justificação é um ato judicial de Deus, baseado na obra e mérito de Cristo, no qual Ele declara como justos nós que Cremos no Senhor Jesus Cristo, e descansamos nisso pela fé. Eis o que Lutero percebeu.
Como consequência, num momento, ele soube que estava de bem com Deus. O problema de Lutero havia sido aquele de Jó: "Como pode o homem ser justo para com Deus?" (Jó 9:2). Esse era o problema que oprimia a mente e o coração de Lutero. Lá estava ele, um monge em sua cela, perguntando: "Como posso me justificar perante Deus?" Ele jejuava, orava, suava, fazia boas obras, e todavia estava cada vez mais cônscio da escuridão e das trevas de seu próprio coração e da absoluta e indizível justiça e santidade de Deus. E ele tentava ajustar-se, a fazer-se justo, de conformidade com o sistema católico-romano, mas não podia; todavia repentinamente ali estava ela. Deus o declara justo, e ele é justo, porque Deus assim diz, porque Deus pôs a seu crédito a justiça do Senhor Jesus Cristo.
Esse é o antecedente histórico no qual devemos regozijar-nos mais e mais. O ponto nevrálgico da questão é este: o grande equívoco em que todos nós tendemos a cair, como aconteceu com Lutero, com respeito à justificação, é que a nossa tendência é pensar que a justificação significa que somos feitos justos ou bons ou retos ou santos. Mas isso é completamente errôneo. Na justificação, não somos feitos justos; somos declarados justos - o que é completamente diferente. Afirmar que na justificação somos feitos justos é confundi-la com a santificação. A justificação é algo legal ou forense. É Deus, como juiz, que é responsável por administrar Sua própria lei, dizendo-nos que, com respeito à Sua lei, Ele está satisfeito conosco, devido a justiça de Cristo. A justificação é um ato declaratório - um ato que não faz nada a nós, porém diz algo sobre nós. Ele não tem referência ao meu real estado ou condição interior; refere-se à minha situação ou posição, ao meu comparecimento à presença de Deus.
Ora, essa é a doutrina bíblica da justificação. Isso é o que Lutero descobriu; isso é o que ele começou a pregar e, em certo sentido, despendeu o resto de sua vida a proclamá-lo."...
Como consequência, num momento, ele soube que estava de bem com Deus. O problema de Lutero havia sido aquele de Jó: "Como pode o homem ser justo para com Deus?" (Jó 9:2). Esse era o problema que oprimia a mente e o coração de Lutero. Lá estava ele, um monge em sua cela, perguntando: "Como posso me justificar perante Deus?" Ele jejuava, orava, suava, fazia boas obras, e todavia estava cada vez mais cônscio da escuridão e das trevas de seu próprio coração e da absoluta e indizível justiça e santidade de Deus. E ele tentava ajustar-se, a fazer-se justo, de conformidade com o sistema católico-romano, mas não podia; todavia repentinamente ali estava ela. Deus o declara justo, e ele é justo, porque Deus assim diz, porque Deus pôs a seu crédito a justiça do Senhor Jesus Cristo.
Esse é o antecedente histórico no qual devemos regozijar-nos mais e mais. O ponto nevrálgico da questão é este: o grande equívoco em que todos nós tendemos a cair, como aconteceu com Lutero, com respeito à justificação, é que a nossa tendência é pensar que a justificação significa que somos feitos justos ou bons ou retos ou santos. Mas isso é completamente errôneo. Na justificação, não somos feitos justos; somos declarados justos - o que é completamente diferente. Afirmar que na justificação somos feitos justos é confundi-la com a santificação. A justificação é algo legal ou forense. É Deus, como juiz, que é responsável por administrar Sua própria lei, dizendo-nos que, com respeito à Sua lei, Ele está satisfeito conosco, devido a justiça de Cristo. A justificação é um ato declaratório - um ato que não faz nada a nós, porém diz algo sobre nós. Ele não tem referência ao meu real estado ou condição interior; refere-se à minha situação ou posição, ao meu comparecimento à presença de Deus.
Ora, essa é a doutrina bíblica da justificação. Isso é o que Lutero descobriu; isso é o que ele começou a pregar e, em certo sentido, despendeu o resto de sua vida a proclamá-lo."...
Fonte (facebook) - Bruno E Jucy Dias
Categories:
Justificaçação pela Fé,
Martyn Lloyd-Jones