1703 - 1758 |
"...A graça comum difere da especial na medida em que a influência da graça comum está na assistência à natureza, sem conferir graça nem conceder algo além da natureza. A luz obtida é completamente natural, ou não superior à que a simples natureza se atém, apesar de que mais desse tipo de luz pode ser obtido se os homens forem deixados completamente por conta própria; em outras palavras, a graça comum apenas assiste as faculdades da alma no fazer mais completamente o que elas fazem naturalmente, como a consciência ou razão naturalmente fazem um homem sensível à culpa, acusando-o e condenando-o quando errar. A consciência é um princípio natural ao homem e o trabalho que faz naturalmente ou por conta própria é dar uma noção de certo e de errado a de sugerir à mente a relação que há entre o certo e o errado e a retribuição.
O Espírito de Deus, nessas convicções que os homens não regenerados às vezes tem, assiste a consciência no realizar desse trabalho um pouco mais profundamente do que a consciência o faria se esses homens fossem deixados por si mesmos. Ele ajuda a consciência contra aquelas coisas que podem deixá-la estupefata e, assim, impedir seu trabalho. Mas na obra renovadora e santificadora do Espírito Santo, tais coisas são forjadas na alma e são além da natureza e não se encontra nada parecido com elas na alma que tenha sido criado pela natureza. Sua existência na alma passa a ser habitual e seu exercício contínuo passa a ser chamado um dos princípios da natureza. Os princípios remanescentes não apenas são auxiliados a fazer seu trabalho de maneira mais livre e completa, mas esses princípios que haviam sido completamente destruídos pela queda são restaurados; e a mente, a partir de então, habitualmente executa esses atos antes totalmente destituídos da mente pelo domínio do pecado, assim como um corpo morto é destituído de seus atos vitais.
O Espírito de Deus age de uma maneira muito diferente do um caso para outro. Ele realmente pode agir sobre a mente do homem natural, mas, ele age dentro da mente do crente como um princípio vital de morada interior. Ele age sobre a mente da pessoa não regenerada como um agente externo ocasional; pois ao agir sobre eles, não se une a eles e apesar de toda a influência divina que eles possam ter, ainda são sensuais, não tendo o Espírito (Jd 19). Mas o Espírito de Deus se une com a mente do crente, torna-o seu templo, atuando nele e influenciando-o como um novo princípio sobrenatural de vida e de ação. Essa é a diferença, que o Espírito do Deus, ao agir na alma de um homem de Deus, exerce e comunica de si mesmo na própria natureza do homem.
Santidade é a própria natureza do Espírito de Deus. (...) O Espírito Santo opera nas mentes dos santos ao unir-se com eles e viver neles, exercendo sua própria natureza na pratica de suas faculdades. 0 Espírito de Deus pode agir sobre criaturas inanimadas, como em o 'Espírito de Deus pairava por sobre as águas' (Gn 1:2), no início da criação; assim o Espírito de Deus pode agir sobre as mentes dos homens de muitas formas e comunicar a si mesmo não mais do que quando ele age sobre uma criatura inanimada. Por exemplo, ele pode estimular pensamentos neles, pode ajudar sua razão e entendimento natural, ou pode ajudar outros princípios naturais, e isso sem qualquer união com a alma, agindo como se fosse sobre um objeto externo. Mas, quando ele age nas suas santas influências e operações espirituais, é uma maneira peculiar de comunicação de si mesmo, tanto que o sujeito passa a ser então denominado espiritual.."...
O Espírito de Deus, nessas convicções que os homens não regenerados às vezes tem, assiste a consciência no realizar desse trabalho um pouco mais profundamente do que a consciência o faria se esses homens fossem deixados por si mesmos. Ele ajuda a consciência contra aquelas coisas que podem deixá-la estupefata e, assim, impedir seu trabalho. Mas na obra renovadora e santificadora do Espírito Santo, tais coisas são forjadas na alma e são além da natureza e não se encontra nada parecido com elas na alma que tenha sido criado pela natureza. Sua existência na alma passa a ser habitual e seu exercício contínuo passa a ser chamado um dos princípios da natureza. Os princípios remanescentes não apenas são auxiliados a fazer seu trabalho de maneira mais livre e completa, mas esses princípios que haviam sido completamente destruídos pela queda são restaurados; e a mente, a partir de então, habitualmente executa esses atos antes totalmente destituídos da mente pelo domínio do pecado, assim como um corpo morto é destituído de seus atos vitais.
O Espírito de Deus age de uma maneira muito diferente do um caso para outro. Ele realmente pode agir sobre a mente do homem natural, mas, ele age dentro da mente do crente como um princípio vital de morada interior. Ele age sobre a mente da pessoa não regenerada como um agente externo ocasional; pois ao agir sobre eles, não se une a eles e apesar de toda a influência divina que eles possam ter, ainda são sensuais, não tendo o Espírito (Jd 19). Mas o Espírito de Deus se une com a mente do crente, torna-o seu templo, atuando nele e influenciando-o como um novo princípio sobrenatural de vida e de ação. Essa é a diferença, que o Espírito do Deus, ao agir na alma de um homem de Deus, exerce e comunica de si mesmo na própria natureza do homem.
Santidade é a própria natureza do Espírito de Deus. (...) O Espírito Santo opera nas mentes dos santos ao unir-se com eles e viver neles, exercendo sua própria natureza na pratica de suas faculdades. 0 Espírito de Deus pode agir sobre criaturas inanimadas, como em o 'Espírito de Deus pairava por sobre as águas' (Gn 1:2), no início da criação; assim o Espírito de Deus pode agir sobre as mentes dos homens de muitas formas e comunicar a si mesmo não mais do que quando ele age sobre uma criatura inanimada. Por exemplo, ele pode estimular pensamentos neles, pode ajudar sua razão e entendimento natural, ou pode ajudar outros princípios naturais, e isso sem qualquer união com a alma, agindo como se fosse sobre um objeto externo. Mas, quando ele age nas suas santas influências e operações espirituais, é uma maneira peculiar de comunicação de si mesmo, tanto que o sujeito passa a ser então denominado espiritual.."...
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A Livre Oferta do Evangelho,
Jonathan Edwards