1509 - 1564


"...Tão logo Adão alienou-se de Deus em conseqüência de seu pecado, foi ele imediatamente despojado de todas as coisas boas que recebera. Não significa simplesmente que lhe foi negado o uso delas, e sim, depois que se afastou de Deus, perdeu ele o direito legítimo a elas. Mesmo no uso próprio delas, Deus quis que houvesse sinais da perda desse direito, como, por exemplo, o fato de os animais selvagens nos atacarem ferozmente; quando deveriam mostrar-se submissos ante nossa presença, ao contrário disso nos metem medo; ou o fato de alguns jamais se deixarem domesticar para que nos obedeçam, e outros só o permitirão com relutância; ou por nos ferirem de diversas maneiras; ou o fato de a terra não corresponder ao nosso cultivo; ou o fato de o céu, o ar, o mar e outros elementos com freqüência nos serem hostis. Aliás, mesmo onde toda criatura se mantém num estado de submissão, não importa o que os filhos de Adão aleguem, isso deve ser considerado uma usurpação. O que poderão alegar ser propriamente seu, quando eles mesmos não são de Deus?
Uma vez lançado este fundamento, é evidente que a bênção de Deus não nos pertence até que o direito perdido em Adão nos seja restaurado na pessoa de Cristo."...



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