1623 - 1687

"...Todo pecado se opõe à glória de Deus e é injurioso à sua majestade infinita. E assim ele tem, em sua medida, uma culpabilidade infinita, se não intensiva e intrinsecamente, pelo menos objetivamente (visto ser cometido contra o bem infinito) e extensamente (por razão de duração), porque sua mancha e corrupção continua para sempre (no que diz respeito ao pecador, pois ele, de si mesmo ou de seus poderes, nunca pode apagá-la). Por isso, à parte da misericórdia do Deus que condena, exclui o pecador para sempre do reino celestial (porque lá não se pode admitir nada que seja impuro) e o sujeita a castigos infernais. Se, pois, a culpabilidade é infinita, o castigo a ele devido também tem de ser infinito; se não intensivamente (o que é repulsivo a uma criatura finita), contudo objetivamente (porque o pecado separa a criatura do bem infinito,a saber, Deus) e extensivamente (em razão da duração). Nem mesmo os pecados mais leves podem ser perdoados. Visto que de fato o perdão dos eleitos é totalmente gratuito (do qual Deus poderia, pois, abster-se sem injustiça), podem ser eternamente castigados com justiça (o que não seria possível se não fossem dignos de castigo eterno). Cristo morreu por todos os os pecados, mesmo os mais triviais: portanto, são todos mortais."...

François Turretini - Compêndio de Teologia Apologéticavolume 1, p.744 - Cultura Cristãu

Fonte: Bruno E Jucy Dias (Facebook)



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