1616-1683

...3. Amor e Graça têm a mesma influência nos conselhos de Deus, como sabedoria e bondade. E a noção das Escrituras sobre isso fortalece a bondade nesta consideração – que o seu objeto são os pecadores e indignos. Deus universalmente comunicou de Sua bondade a todas as Suas criaturas, porém de modo especial em relação àqueles que crêem. Mas como Seu amor e graça, como são peculiares a Sua eleita – a Igreja escolhida em Cristo antes da fundação do mundo – assim Ele considera primeiramente como um perdido, arruinado pela condição do pecado. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm5:8). Deus é amor, diz o apóstolo. Sua natureza é essencialmente assim. E a melhor concepção da nova natureza agindo nos santos, é o amor; e todos os atos disso são seu total deleite. Este é como o âmago de todos os eternos conselhos de Deus, que rende a Sua complacência inefavelmente nEle. Por esta razão Ele tão maravilhosamente expressa Seu deleite e complacência agindo Seu amor em relação a Igreja: “O SENHOR teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” (Sf 3:17). A razão do porque na salvação da Igreja Ele se regozija com júbilo e com alegria – a suprema expressão da divina complacência – é porque Ele repousou em Seu amor, e assim está satisfeito no exercício destes atos. Mas devemos voltar a particular manifestação de como todos esses conselhos de Deus foram depositados na pessoa de Cristo – para qual fim as seguintes coisas podem ser distintamente consideradas."...

John Owen - Christologia, Capítulo IV


Tradução: Edimilson de Deus Teixeira

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