1899 - 1981 |
"...O erro fatal é pensar no pecado sempre em termos de atos e ações, e não em termos de natureza e de disposição. O erro está em pensar nele em termos de coisas particulares em vez de pensar nele, como devíamos, em termos de nossa relação com Deus. Vocês querem saber o que é o pecado? Eu lhes direi. Pecado é exatamente o oposto da atitude e da vida que se enquadram em, “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento” (Lc 10:27). Se você não está fazendo isso, você é um pecador. Não importa quão respeitável você seja; se você não está vivendo inteiramente para a glória de Deus, você é um pecador. E quanto mais você imaginar que é perfeito em si mesmo e independentemente de sua relação com Deus; maior será o seu pecado. É por isso que qualquer um que leia o Novo Testamento objetivamente poderá ver claramente que os fariseus dos tempos do nosso Senhor eram maiores pecadores (se se pode empregar tais termos) do que os publicanos e os pecadores declarados. Por quê? Porque eles se davam por satisfeitos consigo mesmos, porque eram auto-suficientes. O cúmulo do pecado é a pessoa não sentir necessidade da graça de Deus. Não existe pecado maior do que esse. Infimamente pior do que cometer algum pecado da carne é você achar que é independente de Deus, ou achar que Cristo jamais precisou morrer na cruz do Calvário. Não há maior pecado do que esse. A auto-suficiência final, a auto-satisfação final e a justiça própria, é o pecado dos pecados; é o cúmulo do pecado, porque é pecado espiritual. Assim, quando você chega a compreender isso, passa a compreender que o apóstolo não está exagerando quando diz “todos nós”, “como os outros também."...
Fonte - Monergismo
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Martyn Lloyd-Jones,
Pecado